Avoando Solitário: Homofobia, até quando?

sábado, 3 de agosto de 2013

Homofobia, até quando?

Guilherme Arthur teve
cinco órgãos perfurados
Eu ainda me lembro de muitas notícias de homofobia que soube nestes últimos dois anos que tenho estado próximo a militância LGBT virtual. Não posso dizer que esta foi a que mais me chocou, pois realmente foram muitas. Por exemplo, a de Brasília, Agosto do ano passado, um garçom esfaqueou o cliente gay, um garoto de 20 anos, por tê-lo chamado de bebê, DF - seus colegas haviam lhe feito brincadeiras sem graça por isso - pra mim foi o cúmulo. Fiquei um tempão tentando digerir aquilo, disparar as características de machismo velado presente naquela tragédia. Este ano, em Maio, rapaz gay atropelado em São Gonçalo, RJ, por revidar xingamentos homofóbicos. Em Junho, adolescente homossexual, 21, apedrejado em Uberlândia, MG. E agora, começo de Agosto, este caso grotesco do "pai" que agrediu o filho e disse que iria tirar 'tirar o capeta a unha', MT.  
Pai espanca filho por ser gay em Três Lagoas
Adolescente de 16 anos agredido
pelo pai
Na matéria, a mãe conta que o marido "bateu na cara do menino, derrubou ele no chão, montou em cima e continuou dando socos e tapas em seu rosto e humilhandodizendo que gay tem que apanhar mesmoque é lixovagabundo". Para conter as agressões, o jevem foi levado para a casa da avó, e o pai foi ao local, agredi-lo novamente. "Bateu a cabeça do menino no chão e dizia que estava 'endemoniado' e que iria tirar o capeta dele na unha" Em seguida o garoto foi levado para o hospital pelo próprio pai. No caminho, ameaçou matar o filho caso não mudasse sua orientação sexual. Segundo testemunhas, o pecuarista amarrou uma corda na perna do adolescente e ameaçou jogá-lo para fora do carro e arrastá-lo na rua. Cenas de terror, não!? O mesmo terror que os mesmos homossexuais citados acima sofrearam e que nós sofremos quando somos intimidados por sermos quem somos. Direta ou indiretamente. 
Há ainda o caso das lésbicas no metrô, dos namorados lanchando na praça de alimentação em um shopping, ambos episódios em São Paulo. Homofobia não é só agressão física, é também psicológica, simbólica. Além desses casos, acontecem tantos outros, cotidianamente. E enquanto você enche o peito pra dizer que agora vemos homofobia em tudo, você pode ser o próximo, e certamente existirão outros iguais a você, que irão desdenhar de seu sofrimento. Este é o retrato cru da homofobia no país, em que até heterossexuais são vítimas. Se é gay, se nunca sofreu (?), certamente acontecerá. É preciso estarmos juntos, unidos, levantando alto as mesmas bandeiras e gritando num só coro: RESPEITO, IGUALDADE, DIREITO PLENO À VIDA! Não podemos deixar que estes casos virem meras estatísticas  Sempre que puder, relembre, compartilhe, lute pela aprovação do PL122 e criminalização urgente da homofobia no país. Só então poderemos respirar aliviados. 

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